Mais um dia havia se passado. Exatamente o quinquagésimo quarto dia sem aparecer nenhum caso para resolver, desde que eu abri a agência particular de investigação. Não foi mole pagar aquele cursinho de detetive por correspondência, mas consegui.
Dias se passaram e nada daquele ardor se dissipar. A pimenta de Ãnistér era tão forte, que seus olhos marejavam só de sentir o próprio bafo, soprado em suas mãos. Jylmmar se maldisse vezes sem conta, quando provocou a ira de Ãnistér.
Desesperada, saio em lágrimas da sessão com o psicólogo, muitas mágoas atormentando o meu coração amargurado há tanto tempo. Acelero o passo em direção ao estacionamento, já estou bem atrasada. Não vejo um carro e quase sou atropelada em plena faixa de segurança. Com taquicardia, atendo o meu celular.
Parte dois — Você viu minha tatuagem ontem, não viu? Por isso acordou atrapalhado daquele jeito…
— A aranha é uma criatura fascinante, não acha? — Perguntou ela de repente. Sem esperar resposta, continuou: — É um predador implacável e voraz.
Nos redutos mais tradicionais de Florianópolis, costuma-se dizer que o maior sonho do manezinho é um dia ver a ilha romper sua ligação com o continente e sair mar adentro, deixando para trás o restante do Brasil com todas as suas contradições.
Houve um tempo, na encantada ilha de Meiembipe, em que vivia um homem insolitamente criativo chamado Jylmmar. Ele gostava muito de inventar histórias e depois contá-las para os seus amigos.
As aventuras de um caipira muito arretado, que um dia saiu de casa pensando em conquistar o mundo.
Em cada época algumas mulheres se destacaram da multidão de anônimos para povoar o imaginário popular. De personalidade forte, elas tinham atitudes que significaram uma quebra de paradigmas e consequente ruptura com o status quo vigente. São musas de movimentos sociais e culturais que sempre se mantiveram na vanguarda dos principais acontecimentos de sua época.