Um relato sombrio do período de quarentena, imposto pela Covid-19
Categoria: Contos & Crônicas Page 1 of 2
Como se sabe, essas criaturas imaginárias não são fáceis de localizar. É necessário um esforço de abstração que só encontramos em nossa mais tenra idade e, com o passar dos anos, perdemos muito dessa capacidade.
O que fazer quando uma alma penada brinca com suas memórias afetivas?
Chovia incessantemente e o trânsito estava infernal, não que em dias ensolarados fosse muito melhor, mas sempre tive a impressão que todos os barbeiros da cidade tiravam o carro da garagem nos dias de chuva. Com aquela fila para passar a ponte, era de se prever que eu chegaria atrasado para acompanhar o cortejo.
O que se faz quando o amor acaba? É estranho e patético pensar nisso agora, porque não estaria fazendo essa pergunta a mim mesmo, se não tivesse levado um pé na bunda.
O barulho do pote caindo se sobrepôs ao som da TV e acordou o homem de repente. Irritado, ele jogou a lata de cerveja vazia em direção à cozinha. O único jeito de aturar o tédio da vida que levava era se embebedar e dormir, mas esse processo havia sido interrompido bruscamente. A mulher estava lavando roupa na pequena área de serviço do lado de fora da casa, de modo que o responsável pelo barulho era o garoto. Aquele moleque chorão estava aprontando alguma coisa na cozinha e iria pagar por isso. Há algum tempo que procurava um pretexto qualquer para pegar aquele bostinha. O moleque parecia não ter nada mais a fazer em sua miserável existência, que não fosse atrapalhá-lo em seus planos com a irmã mais velha.
A última vez que estive em Amsterdã foi quando eu ainda era humana e estudava em Lisboa. Fiquei apenas alguns dias, mas lembro bem de uma festa que fui nos arredores da cidade. Aconteceu de tudo naquela noite libertina e me permiti experimentar todos os prazeres que me foram oferecidos.
No seu primeiro caso, J. Silva se envolve na investigação de um incrível caso de adultério, onde ambas as partes o contratam para serem reciprocamente investigados.
J. Silva descobre que o homem que investigava por suspeita de adultério, queria contratá-lo para investigar sua própria mulher, para quem o detetive já prestava serviço, tendo-o como objeto de investigação, no seu primeiro caso.
Mais um dia havia se passado. Exatamente o quinquagésimo quarto dia sem aparecer nenhum caso para resolver, desde que eu abri a agência particular de investigação. Não foi mole pagar aquele cursinho de detetive por correspondência, mas consegui.
Dias se passaram e nada daquele ardor se dissipar. A pimenta de Ãnistér era tão forte, que seus olhos marejavam só de sentir o próprio bafo, soprado em suas mãos. Jylmmar se maldisse vezes sem conta, quando provocou a ira de Ãnistér.