Parte dois — Você viu minha tatuagem ontem, não viu? Por isso acordou atrapalhado daquele jeito…  

À noite, Ângelo evitou olhar para Laura durante o jantar. Ainda ouvia a risada dela em sua mente e sentia-se constrangido. Comeu rapidamente e refugiou-se no sofá da sala, onde dormia. Ligou a televisão e assistiu um capítulo inteiro da novela em companhia de sua mãe. Ele sabia que Laura não era muito interessada em televisão e preferia refugiar-se no quarto para ler. 

Ângelo assistiu TV até de madrugada, mas continuava com insônia. A tatuagem de Laura não lhe saía da cabeça. Estava tão nítida em sua memória que poderia imaginá-la em todos os detalhes. Talvez conseguisse transpô-la de memória para o papel. Ainda pensando nisso, adormeceu. 

No dia seguinte, Ângelo sentiu-se totalmente curado da gripe. Finalmente poderia sair um pouco de casa. Estava farto da convalescença e tinha saudade até da escola. Todavia, sua mãe não tinha a mesma opinião e o obrigou a ficar mais um dia de molho. 

Sem alternativa, ele resolveu se enfiar no quarto, que ainda era seu durante o dia. Pretendia levar adiante a ideia de recriar a tatuagem de Laura no papel. Logo depois do café da manhã, ela saía de casa para o trabalho e voltava só no fim do dia. Isso lhe daria tempo suficiente para fazer o desenho e escondê-lo em algum lugar. 

Ao entrar no quarto, ele sentiu que a presença dela era forte e, mesmo ausente, se mostrava nos detalhes. Seu “cafofo”, como costuma dizer, nunca estivera tão limpo e arrumado. Em cima do criado-mudo encontrou uma pilha de revistas com um bilhete: 

“Menino, seu gosto por alguns tipos de leituras não faz justiça à inteligência que demonstra possuir. Tente gostar destas”

Assinava apenas “L”. As revistas eram de curiosidades científicas, motocicletas, modelismo e alguns gibis que ele não conhecia. Nenhuma das revistas era de mulher pelada. 

Ângelo levantou o colchão e não encontrou seu acervo de revistas eróticas. Deveria ter imaginado que ela iria revirá-lo em algum momento. Aquilo o aborrecia, mas não era o fim do mundo. Já estava enjoado delas e seria fácil conseguir outras. Então, esqueceu aquilo e se concentrou no que pretendia fazer quando entrou ali. 

Horas mais tarde, depois de muitas tentativas, ele se deu por satisfeito. Quando dava acabamento ao desenho, Laura entrou no quarto e sentou-se ao seu lado na escrivaninha. Ela acompanhou a evolução de seus traços por alguns minutos, sem nada dizer. Enquanto isso, Ângelo tentava encontrar alguma explicação para sua imitação de uma tatuagem que não deveria ter visto. 

— A aranha é uma criatura fascinante, não acha? — Perguntou ela de repente. Sem esperar resposta, continuou: — É um predador implacável e voraz. Suas teias são verdadeiras obras de arte, apesar de serem armadilhas mortais. Você sabia que a teia da aranha é uma espécie de seda? 

— Não. — Respondeu Ângelo, indeciso, sem saber onde ela queria chegar. Em seu íntimo, maldizia-se por não ter escondido o desenho antes de Laura entrar no quarto. 

— O que mais me fascina nas aranhas é a relação entre o macho e a fêmea. — Ela disse com um estranho timbre metálico na voz. 

Ângelo desviou o olhar do desenho e olhou para ela. Estava fascinado com sua expressão. Parecia um predador à espreita. 

— Você sabia que a fêmea devora o macho, logo após o ato sexual? — Ela disse, de repente, aproximando-se mais dele.

Ângelo gaguejou algo incompreensível em resposta, ao ser surpreendido a olhá-la, embevecido. Perturbado, forçou-se a se concentrar novamente no desenho. 

— Após a cópula, o macho tenta escapar, mas ela o agarra com suas mandíbulas e suga os seus fluidos vitais. — Ela completou num sussurro, como se falasse para si mesma. 

—Isso é nojento! — Retrucou o garoto, chocado. 

Ela riu, mas não lhe deu trégua. 

— As mulheres poderiam ser como as aranhas e devorar seus machos. Isso resolveria um monte de problemas. De repente, Laura se deu conta de que estava indo longe demais em questões que Ângelo não compreenderia e lhe sorriu com carinho. A referência aos hábitos gastronômicos pós-coito das aranhas era direcionada a um homem em particular, não era para ele. 

— Não se preocupe. — Disse, e acariciou seus cabelos. — Eu estava falando em sentido figurado, pensando em outra pessoa. 

Laura pegou seu desenho e o analisou com expressão crítica. 

— Está ótimo… Você tem talento. — Comentou, ao devolver o desenho. 

—Não é tão bonito quanto sua tatuagem. — Mal pronunciara a frase, ele percebeu ter se traído. 

— Eu já tinha percebido certa semelhança, mas achei ser apenas coincidência. Agora vejo que você andou pesquisando referências onde não devia. Como você sabe dessa tatuagem? Eu não mostrei para ninguém. 

Pela sua expressão era difícil o garoto saber se ela estava realmente zangada. 

— Eu vi uma noite, quando você se mexeu e deslocou o lençol que lhe cobria. 

— E o que você estava fazendo no quarto? — Ela perguntou, implacável. 

— Estava passando pela porta quando isso aconteceu. — Respondeu Ângelo, sem muita convicção. 

— Ah! Então, sem querer, olhou para dentro do quarto, como fez seu pai, não é? Parece que você também gosta de andar pela casa no meio da noite. 

Então ela sabia! 

O velho fauno lhe pareceu ainda mais patético e, em seu íntimo, se solidarizou com ele. 

— Você viu minha tatuagem ontem, não viu? Por isso acordou atrapalhado daquele jeito…

O garoto podia perceber uma leve contração nos cantos daquela boca que tanto o fascinava. Ela estava realmente zangada. 

— S-sim. – Gaguejou. — Desculpe-me. Eu não queria… — Ele desistiu de falar, ao sentir o rubor a lhe queimar as faces. 

— Não se desculpe, garoto. — Você cometeu uma indiscrição. — Ela disse, e encostou-se nele, curvando-se levemente. Ângelo baixou os olhos e encontrou seu decote. Atrapalhado, ele desviou o olhar para o lado. Com um ligeiro sorriso, ela lhe deu uma ligeira pancada no queixo. 

— Você merece um castigo, seu menino safado. 

Ele respirou com alívio, diante da possibilidade de ter sido perdoado. 

— Faço o que você quiser. 

— Agora não. Seu castigo será à noite, aqui no quarto. — Ela disse de modo misterioso, enquanto saía. 

Aquilo lhe deixava o que pensar. Ângelo sentiu que passaria o resto do dia tentando decifrar o significado oculto nas palavras de Laura. Ela tinha mais que o dobro de sua idade e, por consequência, mais tempo de vadiagem. Não era justo que bancasse a esfinge com ele. Talvez o castigo fosse ficar o dia inteiro atormentado em descobrir o significado de suas palavras. No fim, ela riria dele e o faria sentir-se um tolo, como seu pai às vezes parecia. Ele não deixaria isso acontecer e deu de ombros, disposto a esquecer-se daquele assunto. Um berro vindo da cozinha pôs fim aos pensamentos obsessivos. Era sua mãe chamando. 

– Ângelo, meu filho! Venha ajudar-me a pôr a mesa. 

Isso ele compreendia. Sua mãe era bem mais fácil de entender do que o restante das mulheres do mundo. 

Naquele dia, Laura retornou na hora do almoço. Durante a refeição, ela manteve-se distante dele. Embora fosse cortês em suas atitudes, a única pessoa que parecia realmente atrair sua atenção dela, era a mãe de Ângelo, cuja loquacidade sempre parecia dominar a todos, durante as refeições. 

O pai ostentava o costumeiro olhar taciturno, firmemente concentrado no prato à sua frente. Ele parecia satisfeito em não ser o alvo da tagarelice da mulher e, assim, ficar a sós com seus pensamentos. De certo modo, o garoto partilhava daquele sentimento. Ele parecia compreender a necessidade de se estar só em alguns momentos, sem a interferência invasiva da mãe. Então, assim que pôde, escapuliu para o quarto. Graças a Laura, ele tinha bastante leitura para aquela tarde, cujo programa era ler e dormir, não necessariamente nessa ordem. 

Laura entrou no quarto logo em seguida. Segurava o vestido na altura dos seios e virou-se de costas para ele. 

— Ângelo, puxe o zíper para mim, por favor. 

Ele se apressou em atendê-la, enquanto torcia para que ela não percebesse suas mãos trêmulas e suadas. 

— Obrigada, querido. Tenho que voltar para o trabalho, mas à noite continuaremos aquela conversa. Não esqueça. 

— Tá bem… — Ele respondeu, a contragosto. 

Ela saiu, mas deixou atrás de si o perfume que costumava usar quando ia para o trabalho. 

Ângelo ficou só e pensou que teria muito a aprender sobre as mulheres. Aquela tarde seria de longa permanência no banheiro. Laura não voltou cedo nesse dia, mas Ângelo só percebeu que ela não estava no jantar. Sua ausência causou certo desconforto. Para sua mãe havia a perda de uma ouvinte atenciosa, mas para o velho fauno ele não conseguia determinar exatamente o que isso acarretava, mas percebia seu olhar disfarçados para a porta. 

— Laura não virá para o jantar hoje. Foi encontrar-se com o ex-marido. – Explicou a mulher. 

Aquela notícia não era exatamente o que ele gostaria de ouvir, mas já sabia que a passagem dela em sua casa seria por pouco tempo. Contudo, também imaginou que aquela tal “conversa” não aconteceria. Olhou para o seu pai e viu em seu rosto uma ligeira expressão de desagrado, talvez uma mágoa por sonhos desfeitos. Naquele momento ele sentiu pena do velho fauno. 

Depois do jantar acomodou-se no velho sofá já com tudo o que precisava para dormir. Não esperava que Laura retornasse naquela noite, mas não queria ser acordado, se ela viesse para dormir em casa. Três horas depois, ele acordou com o som da TV ainda ligada. As luzes da casa estavam apagadas, mas uma claridade no corredor indicava que a luz do seu quarto estava acessa. Laura havia voltado. Minutos depois, ele ouviu passos se aproximando do sofá onde estava deitado. 

— Levanta Ângelo. Eu sei que você está acordado. Tá na hora de nossa conversinha, lembra? — Disse ela com um sussurro. 

Sem alternativa, Ângelo abriu os olhos. 

— Venha. — Ela disse, puxando-o do sofá. Ainda segurando em suas mãos, ela o conduziu para o quarto e lhe entregou uma caneta. — Pegue. 

Ele pegou a caneta e ficou olhando para ela, sem entender. 

— Quero que você me faça outra tatuagem. 

Aquilo era o castigo? 

— Essa caneta não serve para tatuar. Como vou fazer isso?

Ela riu

— Faça o desenho com a caneta. Depois eu manado tatuar.

— Onde? — Conseguiu perguntar, surpreso por não gaguejar. 

— Aqui! — Ela disse e, em seguida, puxou a alça da camisola para desnudar os seios e apontou o que não tinha tatuagem. 

O garoto fitou aquele monumento, sem acreditar no que via. Começava a entender o sentido do castigo. Cautelosamente ele a tocou. Sentiu a pele macia e aveludada na ponta dos dedos, mas não se atreveu a tocar nos mamilos intumescidos. 

— Se você não parar de tremer vai borrar tudo. 

— Desculpe. 

— Fique calmo. Agora desenhe algo que signifique liberdade. 

— Uma borboleta? — Ele sugeriu timidamente. 

— Uma borboleta? Gostei! Desenhe-me uma borboleta, então. — Ela disse, deitando-se de costas na cama. 

Ele pegou a caneta esferográfica e iniciou o esboço de uma borboleta pousando graciosamente sobre o bico do seio. Laura fechou os olhos e ergueu os braços, passando-os por baixo do travesseiro. O movimento a deixou mais próxima do rosto de Ângelo e ela sentiu sua respiração ofegante em sua pele arrepiada. 

— Não pare. — Gemeu baixinho. — Isso é bom. 

Ele tentou manter-se concentrado e continuou a desenhar. Cada traço da caneta provocou nela outro estremecimento e novos gemidos mal contidos. Terminado o desenho, ele pôs-se a retocá-lo, desejando prolongar aquele momento o máximo possível, mas a posição era difícil e lhe causava câimbras. Com um gemido, ele mudou de posição. Laura abriu os olhos e lhe sorriu languidamente. 

— Terminou? 

— Sim, mas acho que não ficou bom. 

— Deixe- me ver. 

Ela arqueou o corpo esguio e levantou-se, espreguiçando-se como uma gata sonolenta. Fascinado, Ângelo não consegui desviar os olhos dos seios dela, que apontavam imponentes para o espelho. 

— Está ótimo. Eu disse que você tinha talento. 

Ela ajeitou a camisola, sorriu e afagou-lhe os cabelos. 

— Agora vá dormir. – Disse-lhe com um olhar significativo. — Esse é o seu castigo. Esta noite você terá dificuldade para dormir. Apague a luz quando sair, por favor. 

Se ele ficou desapontado, fez o possível para não deixar transparecer. Embora fosse ainda um garoto, não a deixaria levar a melhor. Arrancou-lhe o lençol e a puxou para si. 

— O que pensa que está fazendo? — Ela perguntou ofegante. 

Ele a puxou ainda mais e a beijou. Depois disso, não se importaria de levar um tapa na cara. A mulher o olhou demoradamente, espantada com a sua ousadia. 

— Ora essa! De Anjo você não tem nada, meninão. — Falou com voz rouca, e enlaçou-lhe o pescoço. Suas línguas se encontram com sofreguidão. 

O garoto se desvencilhou e virou-lhe as costas. Apesar de querer muito, aquela noite ainda não seria a sua vez de provar do gosto da mulher aranha. Isso ainda aconteceria, mas nos seus próprios termos. Sem dizer nada, ele apagou a luz e saiu do quarto. 

Já na sala, Ângelo jogou-se no velho sofá e tentou dormir. Algum tempo depois, ainda se mexia e se revirava em busca de uma posição mais cômoda, mas o esforço parecia inútil e apenas resultava em rangidos de protestos da armação de madeira, como se estive a lamentar por ele a noite perdida. 

Os minutos foram passando e ele perdeu a conta de quantas ovelhas contou, antes que cada uma se transformasse em Laura e desaparecesse rindo, por entre as brumas de um sono que não vinha. O garoto já pensava em calcular raiz quadrada mentalmente, quando a luz do quarto se acendeu. Saber que ela também não dormia isso lhe deu alguma satisfação. O ruído de passos se aproximando o deixou curioso, mas decidiu fingir dormir. 

Ela sentou-se no chão e encostou a cabeça em suas coxas. Levantou sua camiseta e acariciou seu ventre com as unhas. Ângelo não conseguiu controlar o arrepio e os pelos ainda ralos do seu abdômen se eriçaram. Ele tentou se mexer, mas ela o impediu com uma leve pressão e deslizou a mão para dentro do calção de pijama dele e o tocou levemente, antes de abrir-lhe a braguilha. 

Ângelo deixou escapar um gemido abafado quando ela manuseou seu pênis, antes de beijá-lo suavemente. O garoto soltou um gemido. 

— Shh! — Ela o interrompeu. — Você não quer acordar seus pais, quer? 

Ele não conseguiu responder e, depois de um momento, Laura continuou. Sem pressa, ela o envolveu com seus lábios e o pressionou com a língua, antes de iniciar o movimento. Em nenhuma de suas solitárias fantasias, Ângelo havia imaginado algo semelhante, apesar do acervo de revistas de sacanagem que possuía. 

Logo depois, ele percebeu que o gozo já vinha e tentou afastá-la, mas ela acelerou os movimentos e segurou seus quadris com firmeza. A onda de prazer veio forte e o sêmen jorrou incontrolável, mas Laura não deixou que nada se perdesse e sorveu o líquido com sofreguidão. 

Na mente do garoto, a imagem de uma aranha sugando os fluidos vitais do macho surgiu e foi afastada, mas demandou algum esforço. Ainda arquejante, ele tentou olhar para ela, mas Laura levantou-se e, sem dizer nada, voltou para o quarto. Ângelo ficou ainda algum tempo tentando decifrar o que lhe acontecera, mas o pragmatismo juvenil e o cansaço o fizeram desistir de entender. Dessa vez não precisou contar ovelhas para dormir. 

Na noite seguinte, Laura o chamou novamente, quando seus pais já estavam dormindo. 

— Quero que me faça outra tatuagem. — Ela disse. 

Ele mal podia acreditar que aquele joguinho ia continuar. 

— Onde? 

— Aqui. — Ela disse, erguendo a camisola e apontando para sua virilha. Estava sem calcinha. 

Era a primeira vez que Ângelo via o púbis de uma mulher. Mal podia acreditar que não era uma foto de revista. Ela estava realmente ali, na sua frente. 

— Puxa! 

Ela riu de sua reação. 

—Você nunca tinha visto uma mulher nua? 

— Assim, ao vivo e a cores? Não! Só em fotos da Playboy e revistinhas de sacanagem. 

— Então, hoje é seu dia de sorte, meninão. Pegue a caneta e me desenhe um beija-flor pousando no meu ninho. — Ela falou, enquanto deitava de costas na cama. 

Se esforçando para controlar sua própria ansiedade, Ângelo sentou ao lado de Laura e iniciou o esboço de um beija-flor pousando nos pentelhos dela. Gradualmente, o desenho foi surgindo, mas a posição incômoda e o esforço para não tocar nela, deixou-o cansado e ele parou. 

— Já acabou? 

— Não, mas fiquei cansado da posição. 

— Por que você não muda de posição, então? — Ela disse, abrindo as pernas. — acomodo-se aqui. 

— Puxa! 

— Vai ficar só olhando? Venha, e apoie o pulso onde você achar melhor. 

— Posso mesmo? 

Ela riu da expressão abobalhada dele. 

— Pode, mas não esqueça do desenho. Só o desenho, hein? 

Então, ele reiniciou o desenho, mas aquele roça-roça nos pentelhos dela o estava liberando de suas inibições e seu pulso começou a explorar o ninho do beija-flor. Laura soltou um gemido e ergueu o púbis ao encontro do seu rosto. Ângelo finalmente sentiu o cheiro do cio que ela exalava. 

— Beije, ela disse. 

Inexperiente, ele tentou fazer o que ela pedia, mas Laura teve que conduzi-lo aos seus recantos de prazer. Ele não demorou para entender e tomou a iniciativa do jogo, forçando-a a abafar seus gemidos com o travesseiro. Sua língua percorreu, realizando suas fantasias juvenis. Mas aquilo não era um sonho e  ela não tardou a atingir o clímax, mas queria mais. 

— Agora vem me comer. Você mereceu, meninão. — Ela disse, enquanto se livrava da camisola 

Ao vê-la em toda a sua gloriosa nudez, ele ficou emocionado e um nó se formou em sua garganta. Naquele momento, Ângelo pensou que aquela noite seria sempre a melhor noite de sua vida. 

— Vai ficar aí parado? Tira a roupa! — Ela ordenou. 

Ângelo nunca se despiu tão rápido e deslizou para cima dela sem muito jeito. Laura ergueu os quadris e o recebeu dentro de si e o sentiu mover-se vigorosamente, numa comunhão que duraria quase a noite toda. 

—Você aprende rápido. — Ela falou, enlaçando-o com suas longas pernas. — Me come, meninão! 

O garoto obedeceu de bom grado e desejou que aquela noite se repetisse indefinidamente. No entanto, já intuía que seria desejar demais. 

No dia seguinte, quando sua mãe o chamou, Ângelo soube que Laura havia ido embora. Tinha se reconciliado com o marido. Por algum motivo, ele não se surpreendeu com aquilo. Na verdade, pensou compreender o que havia acontecido à noite. Ela quis lhe dar um presente de despedida. Entretanto, lamentou que tudo tivesse sido tão breve. 

— Ela lhe deixou isso aqui para você. — Disse-lhe a mãe estendendo-lhe um cartão. — É o endereço dela. Disse ser para o caso de você desejar continuar suas lições. Não sabia que Laura o estava ajudando com os estudos. 

— Hã? E-estava, sim. 

— Que bom! Então você pode visitá-la ocasionalmente e me trazer notícias dela. 

Ele já não ouvia o que a mãe lhe falava, entretido que estava em imaginar as próximas lições que receberia de Laura. 

Fim

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