Ricardo Cestari
Esses dias, nos grupos relacionados à Trilha do Leitor, a dúvida que mais apareceu pra mim foi a seguinte: Como furar a bolha e alcançar leitores diferentes.
Ricardo Cestari
Esses dias, nos grupos relacionados à Trilha do Leitor, a dúvida que mais apareceu pra mim foi a seguinte: Como furar a bolha e alcançar leitores diferentes.
Sinopse:
Este livro é mais que uma história de horror. Em seu enredo há uma pegada de humor negro, romance e aventura, que certamente agradará aos leitores de outros gêneros da literatura. Lilith é uma mulher emponderada pelas trevas e, em seu caminho através dos anos, tece considerações muito particulares sobre os homens e mulheres em cada época.
Nur na escuridão, o décimo oitavo livro do escritor catarinense Salim Miguel, relata a trajetória de uma família de imigrantes libaneses, que veio para o Brasil na década de 20. Embora seja uma obra de ficção, o livro reflete as vivências pessoais do autor, nas quais se baseia para tecer, com a competência de sempre, histórias repletas de lirismo, onde o mar aparece como um dos personagens, voluntarioso e cheio de vontades.
Iniciado em 1994, o livro passou um período engavetado, enquanto o escritor dava sequência a outros projetos literários, ao fim dos quais o retomou. Nur, que em árabe significa luz e liberdade, e também é uma das denominações de Alá. Metade de suas histórias se passa em Biguaçu e Florianópolis. A outra metade passa por outras paragens, entre as quais o Rio de Janeiro, onde começa a saga dos libaneses que vieram para Santa Catarina, num período em que o Brasil vivia a ascensão de Getúlio Vargas.
O livro conquistou alguns importantes prêmios literários do país, entre os quais o da Associação de Críticos de Arte de São Paulo, logo após seu lançamento, ainda em 1999, e o prêmio Zaffari & Bourbon da 7ª Jornada de Literatura de Passo Fundo, que dividiu com o baiano Antonio Torres.
“Nur na Escuridão” (Editora Top Books, 258 páginas), de Salim Miguel.
A intenção de me tornar um escritor surgiu há muito tempo, quando venci um concurso de redação no terceiro ano primário. Hoje não sei como se chama esse período escolar, mas eu tinha nove anos, na época. O prêmio foi um exemplar de 20.000 Léguas Submarinas, de Júlio Verne. Eu já tinha lido, mas foi legal ganhar. Mais que o prêmio, fiquei realmente feliz em perceber o silêncio na sala de aula, enquanto minha redação era lida pela professora. Foi aí que descobri que sabia contar histórias. Ou, pelo menos, pensei que sabia. Contudo, A decisão de me tornar escritor não veio assim, tão de repente. Ela foi se formando aos poucos em minha mente, ao longo dos anos.
Capítulo I
Sem nuvens no céu escuro, a noite oferecia uma oportunidade única, para o chuvoso mês de março. As estrelas estavam lá, como joias brilhantes repousando no veludo escuro da Via Láctea. Talvez algo interessante acontecesse e tivesse a sorte de ter sua luneta apontada na direção certa. Mas ele não estava sozinho. A garota que o acompanhava tinha outras ideias sobre o que fazer, numa noite iluminada apenas pela luz das estrelas.
O que surge primeiro, personagens ou enredo? Depende. Não existe uma receita infalível para construir uma boa história. Algumas vezes, o enredo surge de um personagem forte, com uma jornada interessante a cumprir. Noutras ocasiões, o contrário pode acontecer, quando um enredo, ou uma ideia, exigem a criação de personagens com característica marcantes, para fazer uma história funcionar como esperado. De qualquer modo, os personagens devem ter algumas características que favoreçam a conexão do leitor/expectador com a história. Ou seja, devem ser críveis, mesmo quando se tratar de personagens de fantasia.
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